This article reinterprets historical works on the history of medicine in South Africa and how present-day Afrikaner home-based healing therapies known as Boererate engage with this history. By reinterpreting historical sources, we illustrate how Boer women in concentration camps during the South African War were waging an ideological war. We argue that there is a distinction between the creolised medicines that Boer women took into the concentration camps and the body of knowledge — Boererate — that emerged from the camps after the women were released. The article brings archival research and interviews with interlocutors into conversation to show how a knowledge system like Boererate has persisted through time and become very popular in online forums and Facebook groups during the Covid-19 pandemic. The article is part of a wider project investigating Boererate in historical and diverse contemporary contexts.
Este artigo reinterpreta estudos históricos sobre a história dos medicamentos na África do Sul e como as atuais terapias caseiras africâneres conhecidas como Boererate se relacionam com essa história. Ao reinterpretar as fontes históricas, ilustramos como as mulheres bôeres nos campos de concentração durante a Guerra Sul-Africana travavam uma guerra ideológica. Argumentamos que há uma distinção entre os medicamentos crioulizados que as mulheres bôeres levaram para os campos de concentração e o corpo de conhecimento – Boererate – que emergiu dos campos depois que as mulheres foram libertadas. O artigo coloca em diálogo pesquisas de arquivo e entrevistas com interlocutores para mostrar como um sistema de conhecimento como o Boererate persistiu ao longo do tempo e se tornou muito popular em fóruns online e grupos do Facebook durante a pandemia de Covid-19. O artigo faz parte de um projeto mais amplo que investiga o Boererate em contextos históricos e contemporâneos diversos.